Completados três meses, a atual gestão municipal em Jaguaquara representada pela primeira mulher prefeita do Município, Edione Agostinone (PP) vem enfrentando dificuldades financeiras e dando demonstrações de que, ainda, não ”deslanchou”. Nos meios políticos, os comentários são de que Edione não encontrou a casa tão arrumada como se imaginava, depois do apoio maciço do então prefeito Giuliano Martinelli (PP), que comandou a cidade por dois mandatos consecutivos e é padrinho político da atual gestora, tendo saído vitorioso do processo eleitoral ao apoiar a ex-secretária de Desenvolvimento Social na disputa contra o então presidente da Câmara Municipal e ex-vice-prefeito, Raimundo do Caldo (PSD). Eleição, diga-se de passagem, bastante apertada e cuja diferença de votos da chapa vencedora para a derrotada foi de apenas 58 sufrágios.
Vontade de acertar, como todos os gestores, a prefeita tem, mas as últimas informações dão contas de que a mandatária esbarra em sérios problemas financeiros herdados pela Prefeitura, que vem sofrendo desde janeiro com bloqueio de repasses de parte do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que no caso de Jaguaquara representa a principal receita da Prefeitura e já teria sido sequestrado cerca de R$ 4 milhões de recursos em 2021, o que já provocou o desaparecimento do peixe da Semana Santa, ação que era destaque na gestão de Martinelli até 2019.
Diferentemente dos municípios vizinhos, Jaguaquara não distribuirá o peixe às famílias em situação de vulnerabilidade e que seria o alimento indispensável para essas pessoas, nesse período da pandemia. Outra situação que já vem sendo ventilada nos corredores da administração municipal, são as demissões de servidores. Fato que já vem causando grandes preocupações e que será inevitável diante da ausência de recursos suficientes para manter todos os contratados.
E as publicações da prefeita em rede social nos últimos dias confirmam o cenário de preocupação, pois a gestora tem aparecido ao lado de assessores jurídicos e contábeis e o assunto que tem dominado o discurso de Edione é a contribuição previdenciária do Município. Fontes do BMFrahm revelam que a Prefeitura recorreu à Justiça para tentar o parcelamento da dívida.
”Juntamente com Dr. Renato Aragão, Assessor Jurídico da Prefeitura e o Senhor Fernando Carlos Almeida, Diretor Executivo da Rencont – Consultoria Contábil, estive reunida com Zé Cocá, Prefeito de Jequié e Presidente da União das Prefeituras do Estado da Bahia – UPB. Demos continuidade à pauta voltada para as discussões referentes às questões relacionadas à contribuição previdenciária”, disse Agostinone em publicação recente na rede social/Facebook.