O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar governadores e atacar a medidas de isolamento contra o novo coronavírus, a exemplo do lockdown. Em evento no Congresso Nacional nesta quinta-feira (11), o militar reformado citou as medidas adotadas pelo Distrito Federal e por São Paulo, governados por Ibaneis Rocha (MDB-DF) e João Doria (PSDB-SP), respectivamente.
”Até quando nós podemos aguentar esta irresponsabilidade do lockdown? Estou preocupado com vida, sim. Até quando nossa economia vai resistir? Que se colapsar, vai ser uma desgraça. Que que poderemos ter brevemente? Invasão a supermercado, fogo em ônibus, greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar?”, questionou.
Na fala, Bolsonaro citou São Paulo, estado que entra no próximo sábado (13) em uma nova fase emergencial do plano de abertura. ”Nós aqui buscamos salvar empregos e, na ponta da linha, um ou outro, como o de São Paulo, por exemplo, vai para a destruição”, disse.
Durante o evento, o presidente ainda citou medida para ”cancelar o futebol”, adotada por Doria. Segundo Bolsonaro, as restrições só transformam ”os pobres em mais pobres”.
”Ficamos praticamente um ano em lockdown. E começamos este ano, como estamos vendo em alguns estados no Brasil, novas medidas seriamente restritivas. Até para cancelar o futebol”, afirmou.
Bolsonaro também criticou medidas tomadas no DF. ”Aqui no Distrito Federal, toma-se medida por decreto de estado de sítio, das 22h às 5h ninguém pode andar. Uma medida extrema dessa, só eu, o presidente da República, e o Congresso Nacional, poderiam tomar. E a gente está deixando isso acontecer, ficando quietos”, afirmou.
”Sou preocupado com vidas, antes que peguem um extrato da minha conversa, alguém, e publique nos jornais como se fosse o presidente sem coração. Mas, como sempre disse, a economia e a vida têm que andar de mãos dadas”, completou.