O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) afirmou que o vídeo que mostra a audiência da influencer Mariana Ferrer foi editado e manipulado. Nesta quarta-feira (04), o órgão disse que entrou com um pedido de quebra de sigilo processual com o intuito de que o vídeo seja divulgado na íntegra para fazer a defesa do promotor Thiago Carriço de Oliveira no Conselho Nacional do MP e na Corregedoria.
As imagens foram divulgadas na terça (03), pelo site The Intercept Brasil e mostram momentos em que o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho humilha a jovem. De acordo com o MP, por causa dos cortes realizados no vídeo não é possível ver os trechos em que o promotor e o juiz, Rudson Marcos, interferem contra os excessos da defesa do empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a promotora de eventos Mariana Ferrer em um bar de Florianópolis, Santa Catarina, em 2018.
Na decisão judicial, proferida em setembro deste ano, o acusado foi inocentado após o promotor alegar que o caso foi um “estupro culposo”, porque o empresário não sabia que a vítima não estava em condições de consentir com o ato. O caso gerou revolta nas redes sociais e manifestações vão acontecer no país durante o final de semana contra a decisão. Em Salvador, um ato está agendado para sábado (07), às 15h, em frente à Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), no Dois de Julho.