O Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu nesta quinta-feira (15), a prisão preventiva de Carlos Samuel Freitas Costa Filho, depois dele ser filmado agredindo uma mulher com vários socos no rosto, em Ilhéus, sul da Bahia. A notícia do fato foi encaminhada na manhã desta quinta ao MP, que solicitou de imediato a documentação à autoridade policial para a adoção das medidas cabíveis.
O pedido da prisão se fundamentou ”na necessidade de resguardar a ordem pública, considerando-se a gravidade da conduta concreta (exacerbada violência empregada) e a condição reincidente do autor do fato”. Conforme informações da Polícia Civil (PC), o crime foi filmado em junho deste ano.
De acordo com informações da Polícia CIvil (PC), agressor apresentou-se acompanhado de um advogado, ao saber que estava sendo procurado. A vítima também foi localizada e ouvida pelas autoridades de Ilhéus.
Após ser ouvido na tarde de hoje pelo delegado Evy Paternostro, coordenador da Coorpin de Ilhéus, o agressor foi liberado por não ter havido flagrante, mas teve sua prisão solicitada à Justiça.
Em nota, o agressor diz que é ”um jovem trabalhador” e que não tem ”envolvimento com algum tipo de prática criminosa”. Carlos Samuel escreveu também que está arrependido do que fez, e que vai ”sofrer as reprimendas judiciais conforme se prevê a lei”.
De acordo com a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o suspeito já possui outros 10 registros na delegacia por violência familiar e doméstica. O crime aconteceu no bairro Nelson Costa, zona sul.
O caso
Nas imagens, gravadas por um morador, o agressor e a vítima estão próximos a um carro, em frente a uma casa. A mulher pede para que o homem deixe o local. Durante o vídeo, o homem fala com a pessoa que está gravando o flagrante e chama ele para a briga.
O investigado já foi alvo de outros três inquéritos por violência doméstica, procedimentos já finalizados e remetidos à Justiça, em 2015 e 2016. Outros sete boletins foram registrados na unidade, porém as investigações não puderam avançar, visto que as vítimas não quiseram ir adiante e se recusavam a comparecer para dar informações sobre os episódios de violência.
Em uma das ocasiões, o homem chegou a ser preso em flagrante por agredir a mãe, tendo sido liberado em seguida pela Justiça. Carlos já foi denunciado em 2015 pelo MP por crimes de violência doméstica, ameaça e cárcere privado cometidos contra outra mulher. Ele foi condenado pela Justiça em primeira instância.
Após recurso impetrado pela defesa de Samuel, a condenação quanto ao crime de cárcere privado foi mantida em agosto último pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que reconheceu a prescrição referente aos crimes de violência doméstica e ameaça. Com informações do A Tarde