A falta de médicos na região se transformou em um problema para a Prefeitura de Jaguaquara, que colocou como prioridade o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento – UPA, construída desde 2015 em convênio com o Governo Federal, no distrito Stela Dubois, mas que só funcionou em setembro de 2016, quando foi utilizada pelo Estado para realização de um multidão de cirurgias para atender pacientes do vale do Jiquiriçá.
Alvo de duras críticas da população pelo fato de a unidade estar fechada em meio a pandemia, o prefeito Giuliano Martinelli (PP), chegou a gravar vídeo em junho último após visita do Secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, informando que a UPA iria funcionar através de uma entidade via processo licitatório como centro regional de atendimento à Covid-19, mas a promessa do gestor e do secretário não foi cumprida, e não se sabe o motivo da parceria entre Estado e Município não ter sido concretizada.
Inclusive, no início desta semana, Martinelli, em novo vídeo, disparou contra o governador Rui Costa (PT), acusando o chefe do Executivo do Estado de dispensar tratamento diferenciado ao Município em comparação a outras cidades, por não assumir o funcionamento da UPA, que é de responsabilidade da gestão municipal.
Agora, mais do que nunca, o prefeito quer cumprir a promessa e diz que vai colocar a unidade para funcionar através da Prefeitura, com apoio do deputado federal Cacá Leão (PP). Contudo, não se sabe por qual período ela funcionará. Em oportunidades anteriores, Giuliano alegava dificuldades financeiras para o poder público local manter a UPA funcionando.
Jaguaquara portaliza 1.535 casos do coronavírus, com 1.265 recuperados e 257 ativos. A Secretaria informou hoje, quinta-feira (20), o registro do 13º óbito pela doença, sendo uma mulher de 72 anos, portadora de comorbidades e que estava internada no Hospital São Vicente, em Jequié. Mas a situação parece está controlada, em comparação ao início da pandemia e a gestão já autorizou até a reabertura de bares.