O Ministério da Justiça determinou à Polícia federal a instauração de um inquérito para apurar o vazamento de supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros e aliados.
O pedido foi feito pelo ministro André Mendonça após um perfil que se identifica como sendo do grupo de hackers Anonymous Brasil ter anunciado na noite de segunda-feira (1º) o vazamento de dados pessoais do presidente e de dois de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Também foram expostas informações atribuídas à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e ao deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). Pouco depois, as informações foram retiradas do ar.
”Determinei à PF a abertura de inquérito para investigar vazamento de informações pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e demais autoridades. As investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas”, afirmou o ministro André Mendonça pelo Twitter.
O caso também está sendo apurado pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Ao UOL, o diretor do Departamento de Segurança da Informação (DSI), vinculado ao GSI, general de Brigada Antônio Carlos de Oliveira Freitas, confirmou a investigação. Ele afirmou ainda que o Twitter, plataforma por onde foram divulgadas as informações, agiu rápido para derrubar as mensagens.
Os dados vazados, em sua maioria, são públicos e estão disponíveis em informações prestadas pelos atingidos à Justiça Eleitoral e a órgãos de controle da União.