Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (24), em que anuncia sua saída do Ministério da Justiça, Sergio Moro fez um balanço de sua trajetória tanto como juiz e de sua atuação à frente da pasta. Ele destacou a autonomia da Polícia Federal nos últimos anos, inclusive nos governos do PT, apesar dos ‘crimes gigantescos de corrupção’.
”Os governos da época tinham inúmeros defeitos, com os crimes gigantescos de corrupção, mas foi fundamental a autonomia da PF, seja de bom grado, seja pela pressão da sociedade essa autonomia foi mantida. E os resultados foram alcançados”, disse Moro, citando a Operação Lava Jato.
O agora ex-ministro negou que tenha imposto a Bolsonaro a condição de ser nomeado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para aceitar o cargo no governo. ”Foi me prometida carta branca para nomear todos os assessores desses órgãos. Foi divulgado equivocadamente que minha condição para ser ministro era ser nomeado para o Supremo Tribunal Federal. Teve uma única condição que coloquei: como estava abandonando 22 de magistratura e contribuí com a Previdência, se algo me acontecesse, foi que minha família não ficasse desamparada sem uma pensão. O presidente concordou”, disse.