O ateliê de costura da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, no Rio de Janeiro, está confeccionando máscaras para proteção contra o novo coronavírus (covid-19). Atualmente, 16 detentas trabalham no setor, em troca de redução da pena e, normalmente, elas fazem uniformes escolares e médicos.
O trabalho com as máscaras começou no sábado (28), resultado da parceria entre a Secretaria de Estado de Trabalho e Renda e a de Administração Penitenciária, com a Fundação Santa Cabrini, que faz a gestão da mão de obra prisional. A meta é ampliar para 20 detentas no trabalho e confeccionar 30 mil máscaras.
Segundo o governo do estado, a princípio as máscaras serão destinadas aos agentes da área de segurança, mas a produção pode ser ampliada para atender outros setores, como o da Saúde.
A diretora da penitenciária, Silvana Silvino, disse que ainda não é possível calcular o tempo necessário para a confecção das 30 mil unidades porque o material utilizado – tecido não tecido (TNT) – não faz parte da rotina do ateliê.
A coordenadora de mão de obra prisional, Márcia Castro, explicou que as máscaras da Talavera Bruce estão sendo confeccionadas com TNT dobrado e são higienizadas antes de serem embaladas.
”Hoje nós temos 16 internas trabalhando conosco e pretendemos colocar mais algumas. O processo se inicia na mesa de corte e depois vem para as máquinas retas, onde são feitas com TNT dobrado, para que haja mais proteção. Aí, elas recebem costura da máquina reta e depois o clipe e o elástico. A gente finaliza com a limpeza das mesmas e embalagem”, disse.
As máscaras cirúrgicas não filtrantes descartáveis disponíveis no mercado médico são feitas com TNT duplo ou triplo 100% polipropileno.