Eleita reitora pela comunidade acadêmica do Instituto Federal da Bahia (Ifba) em 13 de dezembro do ano passado, a professora Luzia Mota só foi nomeada oficialmente para o cargo em decreto publicado nesta última terça-feira (24).
A nomeação, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, acontece três dias depois que Luzia acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) denunciando a “condução omissiva” de Bolsonaro. O ministro Edson Fachin havia dado 10 dias para o presidente se justificar.
A nomeação de Luzia repercutiu entre a bancada de deputados da Bahia, que havia realizado abaixo-assinado cobrando a nomeação e denunciou, durante todo o ano, a suposta ”perseguição ilegal do presidente e do ministro da Educação, Abraham Weintraub”.
”O desrespeito à autonomia universitária que tem se repetido em todo o país, aqui gerou essa aberração, porque nos institutos federais não há listra tríplice. O eleito obrigatoriamente tem que ser o nomeado, mas como a professora Luzia é séria, comprometida com a educação pública, foi banida, vetada. Felizmente, venceu a mobilização da comunidade acadêmica”, destacou o deputado Jorge Solla (PT-BA), em suas redes sociais.