Foi sepultado no domingo (15/12) no município de Laje, no Vale do Jiquiriçá, o corpo Genivaldo da Silva Filho, de 48 anos, que trabalhava em Salvador como vigilante e nas horas vagas atuava como motorista de aplicativo. Ele está entre as vítimas da chacina que vitimou quatro motoristas, todos torturados e mortos a golpes de facão e, Genivaldo, lutou com criminosos permitindo que um quinto motorista conseguisse fugir e relatar tamanha crueldade.
”Se ele não lutasse para o outro fugir, ia ser mais gente morta. Meu marido foi um herói. Ele sabia que ia morrer e entrou em luta corporal mandando o outro correr. Então o rapaz pulou o barraco e sobreviveu para contar tudo isso à polícia. Ele disse: ‘O coroa me salvou’. Meu marido era o mais velho entre os mortos”, declarou a enfermeira Paula Bispo da Conceição, esposa de Genivaldo.
Paula disse que o marido trabalhava como motorista de app para complementar a renda. ”Meu marido trabalhava nisso para complementar a renda. Naquele dia, saiu para trabalhar como todos ali, saiu feliz, mas não deixaram ele voltar por pura crueldade. Aquilo que fizeram com elas foi muita crueldade para o ser humano. Peço justiça. É uma dor muito grande”, desabafou Paula, amparada por amigos e parentes.
O casal era casado há 23 anos e teve um filho. O rapaz disse apenas que o pai saiu de casa para trabalhar às 5h10 de quarta-feira (11). O irmão de Genivaldo, Jonas da Silva, informou que às 4h56 recebeu uma mensagem da vítima.