O Ministério Público da Bahia (MP-BA) deflagrou na manhã desta segunda-feira (2) uma operação que investiga exclusão de multas, corrupção ativa e passiva e associação criminosa atribuídas a um funcionário da Transalvador.
De acordo com as investigações, ao menos 444 infrações foram apagadas do sistema do órgão de trânsito durante três meses, totalizando um prejuízo de R$ 84 mil aos cofres públicos. Segundo o MP-BA, a denúncia foi encaminhada pela própria Transalvador, que colaborou com a investigação.
Durante a ação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo um na sede do órgão de trânsito, localizada no Vale dos Barris, e ou no bairro de Narandiba. Foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos, celulares, relógios, computadores, apontamentos e outros bens de valor associados às práticas criminosas.
A operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do MP, com o apoio técnico da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação (CSI) e suporte operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que auxiliou no cumprimento dos mandados.
Em nota, a Transalvador reforçou a informação do MP-BA de que está apoiando a ação, e informou que “tem interesse que os fatos sejam esclarecidos com brevidade e que possíveis autores de irregularidades sejam punidos da maneira devida”.
A ação é um desdobramento da “Operação Freio de Arrumação”, deflagrada em setembro contra corrupção em órgãos de trânsito. Inicialmente, a operação já havia cumprido 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de exibição de documentos públicos no Detran e Transalvador, na capital baiana.