O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes determinou a instauração de uma investigação contra o senador Ciro Nogueira (PP-PI), por suposto crime de falsidade ideológica eleitoral. A decisão se deu no âmbito da petição 7992, enviada ao STF pela Procuradoria Geral da República, que terá 60 dias para solicitar as diligências em face do senador. Segundo a decisão, o nome do senador consta em planilhas apresentadas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F, relacionadas a ”contribuições realizadas para campanhas políticas via caixa dois”.
O documento indica que Ciro Nogueira teria recebido valores em espécie nas eleições realizadas em 2014. Segundo Gilmar, colaboradores indicaram que algumas doações foram feitas para ‘evitar retaliações ou dificuldades para as empresas e, em outros casos, para ‘garantir a boa vontade e facilidade de contatos para futuros pleitos empresariais’.
Além do depoimento dos irmãos Batista, o pedido feito pela PGR tem como base as colaborações de Ricardo Saud, Francisco de Assis e Silva, Florisvaldo Caetano de Oliveira, Valdir Aparecido Boni e Demilton Antônio de Castro, outros executivos do grupo.