A Bahia foi considerada, entre 2008 e 2018, o sétimo estado com mais casos de meningite registrados no país. No entanto, o ano de 2019 tem tido um avanço significativo no combate à doença. No primeiro semestre, o número de mortes em decorrência da enfermidade diminuiu em 48%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Ao todo, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foram registradas 27 mortes até o dia 6 de julho deste ano, contra 52 em 2018.
O número total de casos também sofreu uma boa queda. Enquanto no primeiro semestre de 2018 foram 239 registros, em 2019 foram 189, representando uma diminuição de aproximadamente 21%. Os dados impactam inclusive no índice de letalidade da doença, que diminuiu de 21,8% para 14,8%.
A redução do número de mortes e casos foi vista em todas as formas da doença. A forma bacteriana mais perigosa, a meningite meningocócica, notificou apenas uma morte no primeiro semestre deste ano, contra sete no mesmo período do ano passado. A enfermidade é transmitida por um grupo de bactérias chamadas meningococos, e provoca inflamação na meninge, membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal.
A que mais matou, no entanto, foi a pneumocócica, transmitida pela bactéria Streptococcus Pneumoniae, que pode provocar também o desenvolvimento de pneumonia. Vale ressaltar que a meningite viral, que diminuiu de 71 casos para 50, não registrou nenhuma morte.