Por determinação judicial, presidente Jair Bolsonaro pede desculpas a Maria do Rosário

Jair pediu desculpas a Maria do Rosário. Foto: Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou em sua conta no Twitter um pedido de desculpas por falas dirigidas à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) em 2003, quando afirmou que a deputada ”não merecia ser estuprada”. Segundo o texto assinado pelo presidente, o pedido de desculpas é o cumprimento de uma determinação judicial.”Em razão de terminação judicial, venho pedir publicamente desculpas pelas minhas falas passadas dirigidas à Deputada Federal Maria do Rosário Nunes. Naquele episódio, no calor do momento, em embate ideológico entre parlamentares, especificamente no que se refere à política de direitos humanos, relembrei fato ocorrido em 2003, em que, após ser injustamente ofendido pela congressista em questão, que me insultava, chamando-me de estuprador, retruquei afirmando que ela ‘não merecia ser estuprada”, escreve Bolsonaro.

No texto, o presidente ainda manifestou ”integral e irrestrito respeito às mulheres” e citou sua atividade parlamentar, como quando defendeu penas mais severas para autores de crimes sexuais. Bolsonaro também menciona no texto um projeto de lei de sua autoria que propunha ”química a estupradores, exatamente como medida de proteção às mulheres” e um outro projeto que ”buscava tornar hediondo os crimes passionais, cujas principais vítimas são mulheres”.

Ainda argumentando em prol de seu respeito às mulheres, o presidente citou ”protagonismo feminino” no dia de sua posse como presidente da República por causa do discurso feito pela primeira-dama, Michele Bolsonaro. O presidente também disse ter reforçado a lei Maria da Penha e que o governo tem trabalhado ”em prol das mulheres e meninas do nosso país”. ”Reitero, portanto, que as mulheres brasileiras constituem uma prioridade de meu governo, o que tem sido e será sempre demonstrado através de ações concretas”, escreveu Bolsonaro, que encerrou o texto reforçando seu ”respeito a todas as mulheres”.