O ex-presidente Michel Temer (MDB) comanda uma organização criminosa com atuação há 40 anos, de acordo com as investigações da Lava Jato no Rio, que culminaram na prisão preventiva do emedebista nesta quinta-feira (21). Também foi alvo de mandado de prisão preventiva o ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco, correligionário de Temer. A PF cumpre mandados contra mais seis pessoas, entre elas empresários e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo do ex-presidente. Foram alvos de prisão preventiva Temer, o Coronel Lima, Moreira Franco, Othon Luiz Pinheiro Da Silva, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei De Natale, Ana Cristina Da Silva Toniolo e Carlos Alberto Montenegro Gallo. Também foram expedidos mandados de prisão temporária contra Rodrigo Castro Alves Neves Carlos Jorge Zimmermann. Em delação premiada, o empresário José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, disse que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do Coronel Lima e de Moreira Franco, e com o conhecimento de Temer. A companhia fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3. A investigação é um desdobramento das operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade. O ex-presidente é alvo ainda de outros nove inquéritos, cinco dos quais tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), porque foram instaurados quando o emedebista ainda ocupava a Presidência da República. Os outros cinco inquéritos foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Todas as investigações foram encaminhas à primeira instância após Temer deixar o Palácio do Planalto.