Dizem que em 2020, por força da nova lei que impõe a cláusula de barreira aos partidos (ou seja, a obrigatoriedade de ter um percentual de dos votos válidos para deputado federal em pelo menos nove estado, que foi de 1,5% em 2018 e será 2% em 2022 até chegar a 3%), a tendência é ter muito candidato a prefeito.
A ideia é reduzir o número de partidos. Só no ano passado já caíram 14 dos 35, que se fundiram para não perder as tetas do Fundo Partidário e tempo de televisão. Por aí, quanto mais candidatos a prefeito, mais chance de eleger vereadores, a base.
Salvador e Feira
Mas em alguns casos, como Salvador e Feira de Santana, outras particularidades vitaminam a ideia. Em 2016, Salvador tinha ACM Neto como candidato a reeleição e Feira Zé Ronaldo (DEM). Ambos bem avaliados, esmagaram os adversários (e pelo mesmo princípio foram esmagados por Rui ano passado).
Em 2020, Neto e Ronaldo estarão fora, o que anima muitos pretendentes, com a ideia de que não havendo favoritos absolutos, a chance é maior.
Irmão Lázaro (PR), que era deputado federal e disputou o Senado na chapa de Zé Ronaldo, por exemplo, que é filho de Salvador, mas radicado em Feira, diz que o seu nome está à disposição nos dois municípios.
— Claro que na majoritária a decisão é de grupo. Mas o meu nome está a disposição nas duas, sem rebelião. Se não der eu, apoiarei quem for o indicado.
*Por Levi Vasconcelos