A forte chuva, a maior desde o início do verão – um dos mais quentes dos últimos anos -, trouxe caos à cidade do Rio de Janeiro desde a noite de ontem (6), quando o Centro de Operações da prefeitura decretou, às 22h15, estágio de crise – o terceiro nível em uma escala de três. Os moradores se depararam, por toda a cidade, com muitos danos causados pelo temporal, principalmente nas zonas sul e oeste: árvores caídas e atravessadas em algumas das principais vias em razão dos fortes ventos que, em Copacabana, chegaram a 110 quilômetros por horas; sinais de trânsito funcionando precariamente; postes caídos e bolsões d’água nas principais ruas e avenidas. Pelo menos cinco pessoas morreram em consequência da chuva, entre elas duas em Guaratiba, na zona oeste, e uma na favela da Rocinha, na zona sul. Em Guaratiba, as mortes foram provocadas pelo desabamento de uma casa, onde moravam quatro pessoas. Mais duas ficaram feridas no mesmo acidente e levadas para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona oeste. Até o início da manhã, ainda não havia informações sobre o estado de saúde delas. Outra morte confirmada ocorreu após um deslizamento na Favela da Rocinha, uma das áreas mais atingidas pela chuva. Também foram notificados diversos deslizamentos de terra na Avenida Niemeyer, que liga os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul, e que deverá ficar interditada por todo o dia. Em outro trecho da Niemeyer, um deslizamento provocou o desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia, que caiu no mar. O local é próximo da parte da ciclovia que foi derrubada pelas ondas durante uma ressaca em abril de 2016, matando duas pessoas. Na mesma avenida, outro deslizamento atingiu um ônibus, que acabou tombando sobre a ciclovia na encosta da pista. De acordo com o motorista, dois passageiros que estavam no coletivo ficaram presos nas ferragens. Os bombeiros trabalham no local para tentar resgatar as vítimas.