A segurança pública do município de Jaguaquara foi pauta de uma reunião realizada nesta quarta-feira (9), na sede da Secretaria de Segurança do Estado, em Salvador, entre o secretário Maurício Teles Barbosa, o deputado estadual eleito Zé Cocá e o prefeito Giuliano Martinelli. No encontro, o gestor elencou os problemas enfrentados pelo município na área, inclusive, enfatizando a precariedade do prédio-sede da Delegacia Territorial de Jaguaquara, que deixou de sediar o Plantão Central da Polícia Civil aos finais de semana, após decisão da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior/Coorpin, transferindo os serviços para a Delegacia de Itiruçu, município vizinho, em face aos as péssimas condições da unidade, questionadas por delegados, para se alojar durante o cumprimento do expediente. O prefeito comenta que, embora a segurança pública seja dever do Estado, que a administração municipal não se isenta de contribuir para que os serviços possam acontecer. Segundo Martinelli, o apoio do município a título de ajuda de custo chega a R$ 645 mil por ano, recursos QUE são aplicados com a contratação de pessoal, alimentação de detentos, combustível, alimentação da equipe entre outros gastos. “Investimos anualmente cerca de 645 mil reais para manter os serviços de segurança pública no município embora sejam eles dever do estado. Mantemos essa parceria porque entendemos que se faz necessário esse investimento para que nosso povo tenha a segurança que merece. Esse recurso custeia gastos com combustível, alimentação de detentos, contratação de pessoal, alimentação do efetivo dentre outros. Continuaremos mantendo essa parceria, porque Jaguaquara merece o melhor de nós”, garantiu. Uma nova viatura para a Polícia Militar atuar no distrito Stela Dubois, o maior do município, com mais de 10 mil habitantes, as margens da BR-116, também foi solicitada por Giuliano. O secretário informou que as reivindicações do alcaide serão analisadas detalhadamente, tendo prometido atenção para viabilizar uma nova Delegacia ou reestruturação da atual. Maurício Barbosa afirmou que após serem analisadas e, conforme as possibilidades do Estado, as reivindicações de Martinelli e Cocá serão atendidas. O prefeito de Lafaiete Coutinho, João Freitas, também participou do encontro e relatou sobre a interdição da delegacia do seu município, no Vale do Jiquiriçá.
Plantão Central
A escala que ocorria em Jaguaquara cumpria orientação do Departamento de Polícia do Interior-Dirpin e, se estendendo aos finais de semana, sexta, sábado e domingo, das 18 horas de um dia até as 6h da manhã do dia seguinte. Para o cumprimento da escala, coordenada pelo delegado regional delegado Fabiano Aurich, são utilizadas através de revezamento equipes de quatro profissionais, formadas por um delegado, um escrivão e dois investigadores da Polícia Civil. Durante o período de plantão, a equipe tem como incumbências registro de termos de flagrante, levantamentos cadavéricos e demandas procedentes de Jaguaquara (base), Brejões, Cravolândia, Irajuba, Itaquara, Itiruçu, Lagedo do Tabocal, Maracás, Nova Itarana, Planaltino e Santa Inês, para evitar o deslocamento de viaturas até a sede da 9ª Coorpin, em Jequié. Ainda segundo Aurich, o plantão estará retornando a Jaguaquara, assim que forem realizados reparos na unidade prisional custeados pela Prefeitura. Em 2009, a Delegacia de Jaguaquara foi alvo de uma ”rebelião a fogo”, feita por presos reclamando de cancelamento de visitas e das condições precárias do setor de carceragem. Na ocasião, os cerca de 15 detentos custodiados atearam fogo em colchões dentro da carceragem e, por pouco, não morreram asfixiados nas celas. Por sorte, o tempo estava chuvoso à época e a água da chuva amenizou o incêndio, que ganhou o teto da Delegacia. Após o ocorrido, a estrutura física do prédio ficou parcialmente destruída, arruinando ainda mais o ambiente. O incêndio foi destaque no Programa Fantástico, da Rede Globo.