A ex-secretária municipal de Desenvolvimento Urbano de Camaçari Juliana Paes foi mais uma vez denunciada pelo Ministério Público estadual sob acusação de improbidade administrativa e de comandar uma organização criminosa no município. Junto com seu marido, Aridã de Souza Carneiro, e mais cinco pessoas – a maioria servidores públicos municipais, a então gestora cobrava propinas de empresas e investidores interessados na aprovação de empreendimentos imobiliários de médio e alto luxo em Camaçari. A denúncia foi protocolada pelo promotor de Justiça Everardo Yunes. Segundo ele, o marido da ex-secretária mantinha dentro da secretaria uma sala na qual recebia empresários para negociar a expedição de alvarás, se apresentando como servidor público. Os alvarás para as construções imobiliárias eram concedidos sob contrapartida de pagamentos de propina. Em alguns casos, o valor negociado teria chegado a R$ 150 mil. No entendimento do juiz César Borges de Andrade, que recebeu a ação, o MP apresentou ”indícios contundentes da prática de improbidade administrativa”. Além de Juliana Paes e Aridã Carneiro, são réus os servidores Heverton Andrade Ferreira, Epaminonda Lázaro Pereira Daltro, Ricardo Assis de Sá e Marcelo Soares Nascimento e o engenheiro ambiental Carlos Jean Santos Souza.