De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal, analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em junho de 2018, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, aumentou 11,6% frente ao mês imediatamente anterior, após haver recuado 14,6% em maio de 2018. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou crescimento de 9,0%. No acumulado do ano, houve acréscimo de 0,4%, em relação ao mesmo período anterior. Já no acumulado dos últimos 12 meses, foi registrado acréscimo de 1,8% frente ao mesmo período anterior, resultado acima do observado em maio último, quando ocorreu variação de 0,2%.
No confronto de junho de 2018 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 9,0%, com sete das 12 atividades pesquisadas assinalando crescimento da produção. O setor Veículos (89,8%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de automóveis. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos Metalurgia (44,6%), Celulose, papel e produtos de papel (5,6%), Bebidas (16,0%), Produtos alimentícios (2,3%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (122,3%) e Extrativa (0,7%). A explicação para esses resultados está relacionada, em grande parte, pela maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e ligas de cobre, no caso do primeiro segmento; de pastas químicas de madeira e caixas de papelão ondulado ou corrugado, no segundo; de cerveja e chope, refrigerantes e águas minerais, no terceiro; de pasta de cacau, no quarto; de gravadores ou reprodutores de sinais de áudio e vídeo, no quinto; e de minérios de cobre em bruto ou beneficiados e pedras britadas, no último. Por outro lado, o segmento Produtos químicos (-15,5%) contribuiu com o recuo mais intenso, em grande parte, devido à redução na produção de princípios ativos de herbicidas, amoníaco, misturas de alquibenzenos e ureia. Outros segmentos que registraram queda foram: Couro, artigos para viagem e calçados (-13,0%), Minerais não metálicos (-11,2%), Derivados de petróleo (-0,9%) e Borracha e material plástico (-3,5%).
No primeiro semestre de 2018, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana obteve acréscimo de 0,4%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para Veículos automotores (22,1%), impulsionado, em grande parte, pela maior fabricação de automóveis. Outros resultados positivos foram observados em Produtos alimentícios (5,1%), Metalurgia (6,2%), Bebidas (12,6%) e Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (41,3%). Negativamente, destacou-se o segmento de Outros produtos químicos, com queda de 8,3%, impulsionado, em grande parte, pela menor fabricação de propeno não saturado e etileno não saturado e Derivados do petróleo (-3,7%), influenciado, principalmente, pela menor produção de óleos combustíveis e naftas para petroquímicas.
No acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana foi de 1,8%. Cinco dos 12 segmentos da Indústria geral influenciaram o resultado no período, com destaque para Veículos, que teve aumento de 29,5%. Importante ressaltar também os resultados positivos assinalados por Produtos alimentícios (5,0%), Extrativas (6,9%), Bebidas (10,0%) e Borracha e material plástico (2,9%). Destacaram-se negativamente Derivados do petróleo (-5,5%) e Produtos químicos (-2,9%).
COMPARATIVO REGIONAL – O aumento no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de 3,5%, na comparação entre junho de 2018 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada por 10 dos 14 estados pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Pará (13,3%), Pernambuco (10,0%), Paraná (9,7%) e Bahia (9,0%). Por outro lado, Espírito Santo (-7,3%) e Ceará (3,6%) tiveram as maiores taxas negativas nesse mês.
Nos primeiros seis meses do ano, 10 dos 14 estados registraram taxa positiva, com destaque para os aumentos em Amazonas (15,6%), Pará (7,9%) e São Paulo (4,8%). Destacaram-se com as menores taxas negativas do período Espírito Santo (-5,5%) e Goiás (-3,2%).