TJ-BA gastará R$ 7,5 mi com carros de luxo para desembargadores; frota atual é de 2014

O TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) vai desembolsar R$ 7,490 milhões para a compra de 80 carros de luxo destinados ao transporte de desembargadores. Entre as exigências listadas na licitação estão veículos “tipo executivo, novo, sedan, zero quilômetro, fabricação 2018, biocombustível, quatro portas, capacidade para cinco ocupantes, cor preta”. Os carros também deverão ter direção elétrica, ar condicionado, kit multimídia, computador de bordo, travas elétricas, airbags, película e aro 16, além de serem entregues com tanque cheio de combustível e com três revisões sem custo para o tribunal. Conforme edital de homologação publicado em 19 de julho, a japonesa Toyota foi a vencedora do certame. Não está especificado, entretanto, qual o modelo exato a ser fornecido pela montadora. A corte também abriu licitação para a terceirização de motoristas, com contrato que custará R$ 22 milhões ao ano. Ambos os processos são conduzidos sob a gestão do presidente do TJ, Gesivaldo Nascimento Britto, que assumiu o posto neste ano. Ao UOL, o tribunal justificou que a renovação dos carros oficiais se dará porque a frota atual –com 150 veículos modelo Fluence, da Renault, adquiridos em 2014 –“saiu de linha em 2017 e está obsoleta”. “O veículo é importado, o que suscita muitas dificuldades para encontrar e substituir os seus componentes originais, obrigando muitas vezes a deixar o veículo em oficina até que a fabricante envie as peças necessárias ao conserto e manutenção, além de onerar sobremaneira os custos com manutenção”, afirmou em nota. “Os carros já têm mais de quatro anos e meio de uso e muitos já ultrapassaram a média de 140 mil km rodados, o que preocupa a segurança dos magistrados, desembargadores e motoristas, inclusive em viagens ao interior do estado […], considerando que os referidos veículos são utilizados para a condução dos desembargadores do TJ-BA, que deve ocorrer com segurança, conforto e agilidade”, acrescenta o comunicado. Questionada, a corte diz não considerar as aquisições desperdício de dinheiro. “Levando-se em conta razões de economicidade, racionalidade e controle de gastos e de segurança, entendemos que a substituição dos veículos está devida e completa e tecnicamente amparada e justificada”, informou. Uol Notícias