A exclusão da senadora Lídice da Mata (PSB) da chapa majoritária do governador da Bahia Rui Costa (PT) causou irritação no grupo que integra a Executiva do partido no Estado. E não há mais o que se fazer para mudar o cenário. A chapa já está definida com o anúncio de Ângelo Coronel (PSD), indicado pelo presidente da legenda, Otto Alencar, para uma das vagas ao Senado, já que, Jaques Wagner (PT), é um dos nomes da majoritária para disputar candidatura de senador da República pela ala governista. Em Jequié, quando chegava neste domingo para participar da Caravana pela Bahia do governador e pré-candidato Rui, Lídice foi questionada pelo Blog Marcos Frahm, sobre como encarou a decisão de lhe excluir da chapa e admitiu que o seu desejo era integrar a majoritária, e que se candidatasse fora da chapa, prejudicaria o partido. ”Eu queria, mas se inviabilizou-se esse caminho, e a ideia de termos uma candidatura avulsa, própria, também era muito prejudicial aos nossos deputados. Se eu saísse sozinha ao Senado, prejudicaria as possibilidades de disputa do meu partido para deputados”. Apesar de permanecer na base, e de confirmar pré-candidatura a deputada federal, Lídice não consegue esconder o seu descontentamento e, quando perguntada se ficará alguma arranhadura entre o PSB e o PT, pela sua exclusão, a senadora respondeu: ”arranhões, o tempo é quem resolve”. Ela também descarta a possibilidade de candidatar-se a presidente da República, após ter o nome cogitado na mídia nacional. ”Nós analisamos e concluímos que não é o melhor momento para uma decisão dessas. É retardatária a proposta”.