O repórter fotográfico do jornal Correio, Betto Júnior, foi agredido na noite desta quarta-feira (25) por agentes da Transalvador, enquanto cobria o jogo entre Vitória e Corinthians, no Barradão, na capital baiana, pela Copa do Brasil. Por conta das agressões, o profissional teve um corte na cabeça e chegou a levar cinco pontos. Em entrevista coletiva, ele contou como tudo aconteceu. ”Nós chegamos com o carro do jornal para cobrir o jogo. Ele falou que a gente não podia entrar porque o carro estava sem a logomarca da empresa. Eu disse que estava com crachá da empresa, com identificação do veículo e questionei por que a gente não podia entrar. Falei que está sem logomarca porque a gente teve um incidente no Ba-Vi, quebraram nosso carro. Resolvemos tirar o timbre por precaução e segurança da equipe”, relatou, conforme publicação do site Bahia Notícias. Ainda segundo ele, o agente foi até uma barreira de policiais militares para resolver a questão, mas recebeu a resposta de que a Transalvador teria que fazer isso. Betto contou que foi até ele, quando um outro preposto do órgão chegou, em tom agressivo. Segundo o fotógrafo, esse último foi o responsável pela agressão. ”Ele já chegou alterado, dizendo que ia fazer e acontecer. A gente começou uma discussão. Um outro agente foi até a barreira, chamou os policiais, os policiais vieram. A gente começou a discussão, esses agentes. Um agente começou a me filmar, eu fotografei ele. Ele veio e me agrediu e entramos em luta corporal”, afirmou. O fotógrafo ainda contou que também foi agredido por outros agentes, levando socos no maxilar. Teve também uma fratura no nariz, no maxilar, uma unha quebrada e escoriações pelo corpo. Após o ocorrido, Betto disse que vai prestar queixa e tomar as demais medidas cabíveis.
Agressores são identificados
O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, afirmou que já sabe os agentes envolvidos na agressão ao repórter fotográfico do jornal Correio. ”A Transalvador repudia qualquer violência. Como qualquer evento envolvendo agente da Transalvador é feita apuração, abre uma sindicância, processo administrativo. Sabemos só o que está sendo vinculado pela imprensa. Vamos apurar. Parece que tiveram testemunhas. Havia Polícia Militar. Vamos chama essas pessoas para esclarecer os fatos”, afirmou, em entrevista à TV Bahia. De acordo com Muller, se for comprovado excesso por parte do servidor, pode ser punido com suspensão e até demissão.