Na contramão de magistrados, promotores e policiais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu nesta segunda-feira, 19, a aprovação de uma lei contra abuso de autoridade com o fim de coibir vazamentos de informações à imprensa. “Sugiro lei de abuso de autoridade e responsabilização civil do próprio agente”, afirmou o ministro, durante evento do jornal Folha de S.Paulo, citando que há membros do Ministério Público e da Polícia Federal que vazam dados de investigações. Ele declarou que, no País, sempre houve vazamento de informações, mas que, nos últimos tempos, essa prática foi “sofisticada”. Durante sua fala inicial, Gilmar fez uma crítica à Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a gestão de Rodrigo Janot, que, segundo ele, fazia vazamentos seletivos a jornalistas. “Abuso notório porque as informações não são do procurador, ele não é dono disso, daí a necessidade da lei de abuso de autoridade, só se divulga aquilo que é divulgável.” O ministro acrescentou, porém, que o problema não é de quem publica, mas de quem vaza. Com informações do site Política Livre.