A Acadêmicos do Tatuapé é bicampeã do carnaval paulistano, com nota máxima em todos os quesitos. A Mocidade Alegre ficou com o vice-campeonato. A escola, que levou para avenida uma homenagem ao Maranhão, com carros colossais e fantasias ricas em detalhes, também teve como marca o fato de não ter conseguido patrocínio. Para brilhar, apostou no reaproveitamento de penas, pedras e outros materiais para poupar cerca de R$ 800 mil este ano. ”Estou muito contente. Nós fizemos o melhor espetáculo e o segredo é o nosso povo”, disse o presidente da Acadêmicos do Tatuapé Eduardo dos Santos. Os integrantes da escola que acompanharam a apuração ficaram quietos até a leitura da última nota, quando soltaram o grito de ”bicampeão”. Santos explicou o silêncio. ”A gente sabia que ia ser um carnaval muito disputado. A gente ouviu nota a nota com esperança. Todo mundo estava apreensivo e muita gente estava empatado. Qualquer nota poderia interferir no resultado.” Antes do desfile, Santos havia relatado que mais de 90% das fantasias são recuperadas depois do carnaval. Para explicar o espírito por trás da ação, em entrevista à colunista do Estado, Sonia Racy, ele citou um samba-enredo da Salgueiro de 1986: ‘Tem que se tirar da cabeça aquilo que não se tem no bolso!”. As escolas Unidos do Peruche e Independente Tricolor foram rebaixadas para o Grupo de Acesso.