Um homem de 33 anos morreu de malária na terça-feira (16), no município de Wenceslau Guimarães. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). No total, oito casos da doença foram confirmados em janeiro, todos na zona rural do município que fica a 310 km de Salvador. A Sesab confirmou o surto de malária – ou seja, houve aumento rápido, e acima do esperado, dos casos da doença na região. Em comunicado, a prefeitura de Wenceslau Guimarães pediu aos moradores das localidades de Chico Lopes, São Marcos I e regiões próximas ao Cocão, na divisa com Jaguaquara, que apresentaram febre nos últimos 15 dias para procurarem o hospital municipal, a fim de que exames sejam realizados para verificar se contraíram a doença. Ainda não é possível saber se os pacientes foram contaminados na cidade ou a doença foi adquirida durante uma viagem. Segundo a Sesab, o último registro de malária autóctone, ou seja, manifestada no local de origem da doença, na Bahia, foi em 2010, quando dois casos foram registrados em Porto Seguro, também na região Sul. De acordo com dados da secretaria, entre 2007 e 2016, foram confirmados 185 registros de malária – média de 18,5 casos por ano – em toda a Bahia. Nesse período, os municípios que tiveram mais casos de malária registrados foram Salvador (28,6%), Porto Seguro (2,7%) e Ilhéus (0,5%). Dentre os casos confirmados, dois óbitos foram registrados, um em 2014 e outro em 2016.