A Secretaria da Educação do Estado formou 6.222 estudantes em todo o Estado, em 2017, pelo programa Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (Emitec). Aliando tecnologia e interatividade, as aulas do Emitec são transmitidas diretamente dos estúdios de TV instalados no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, via satélite e em tempo real, para telessalas de aulas espalhadas no Estado. O programa possibilita, desta forma, que os estudantes que moram em áreas remotas da Bahia estudam e concluam o Ensino Médio e, desde 2011, formou um total de 32.352 estudantes. “O Emitec amplia a capilaridade da rede estadual de ensino. Só em 2017, este programa atendeu a 21.120 estudantes que moram em áreas remotas da Bahia, chegando a 414 localidades, em 150 municípios. Com esta ação, o Estado chega em locais de difícil acesso e permite a inclusão de pessoas que, pelo simples fato de morarem em áreas rurais, historicamente vinham sendo excluídas do processo educacional”, destaca o secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro. Dona Geni Rodrigues de Souza, 60 anos, é uma das concluintes do Ensino Médio de 2017. Na sala de aula, instalada no Colégio Estadual 2 de Julho, em Boa Vista, zona rural do município de Ibotirama, no Oeste baiano, a dona de casa se destacou entre os jovens colegas pela sua capacidade de ir sempre em frente em busca de seus sonhos. Para eles, ela se tornou um exemplo de perseverança e estímulo no processo de ensino e aprendizagem de todos.
Concluir o 3º do Ensino Médio, mesmo “nesta idade”, como ela diz, tem um enorme significado na sua trajetória de vida. “Em 2003, conclui a 8ª série, já com 46 anos, porque não tive a chance de estudar na idade certa. Depois, fiquei mais 12 anos parada, pois tive que dar conta da criação dos meus quatro filhos. Em 2015, soube que o EMITEC estava sendo realizado em Boa Vista e aí abracei a oportunidade com muita força porque sempre gostei de estudar, ganhar conhecimentos. E o programa chegou no momento certo, pois os filhos já tinham tomado seus rumos e eu estava com o tempo mais livre, cuidando só do marido”, relata a estudante sexagenária.