O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou, por meio de sua assessoria, que foi decidido nesta terça-feira (24) que a representação do Partido dos Trabalhadores (PT) que pedia a cassação de Aécio Neves (PSDB-MG) foi arquivado. O PT havia pedido ao conselho que abrisse um processo contra Aécio baseado nas delações de executivos do grupo J&F, controlador da JBS. Ainda cabe recurso da decisão ao plenário do conselho. A representação, que chegou ao colegiado no início do mês de outubro, foi protocolada depois do tucano ter sido afastado do mandato de senador no fim de setembro, pela segunda vez, e proibido de deixar sua residência à noite, por determinação do Supremo Tribunal Federal. Aécio voltou ao mandato na semana passada, depois de 21 dias afastado e as medidas cautelares foram derrubadas após decisão do Senado. Sobre a decisão, a assessoria de Aécio divulgou uma nota afirmando que a defesa do senador reitera a absoluta correção de sua conduta. ”As investigações demonstrarão que os recursos citados referem-se a um empréstimo entre privados que não envolveu dinheiro público ou qualquer contrapartida. Portanto, não houve crime ou quebra de decoro”, diz a nota. Aécio é acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Em gravações entregues pelo empresário Joesley Batista, da JBS, ele aparece pedindo R$ 2 milhões a ele.