Em pleno ápice das acusações contra Michel Temer e sua cúpula de governo, com parlamentares peemedebistas, o Plenário do Senado estaria se preparando para rejeitar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O prazo estipulado é que a votação do Senado para validar ou não a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ocorra até amanhã (28). Logo após a decisão da Primeira Turma do STF de afastar o parlamentar tucano das atividades legislativas e impor a ele o recolhimento noturno, em resposta ao pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República contra Aécio, senadores já se manifestaram contra a medida. ”Não podemos permitir que uma turma do Supremo Tribunal Federal, seja a que pretexto for, afaste um senador e rasgue a Constituição”, manifestou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na noite desta terça, após a decisão por 3 votos a 2 do Supremo. De acordo com o peemedebista, não há previsão constitucional para a determinação e afirmou que o Senado não pode se calar diante do fato. Momentos antes, o líder do PSDB na Casa, Paulo Bauer (SC), também havia pedido que o Senado avaliasse a decisão do STF. Para Bauer, o artigo 53 da Constituição prevê que a decisão sobre o assunto deve ser tomada pela Casa no prazo de 24 horas e, por isso, os senadores precisariam articular, o quanto antes, uma votação pelo Plenário do Senado.