A sessão da Câmara Municipal de Jaguaquara, na noite desta quarta-feira (20), que apreciou e aprovou as contas do prefeito Giuliano Martinelli (PP) rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) foi marcada por um clima de tensão. Sob vaias e aplausos, os vereadores discursavam e revelavam seus posicionamentos pró e contra o parecer. Os governistas, ou seja, aliados do prefeito, arrancavam aplausos quando defendiam o chefe do Executivo, mas os dois oposicionistas tiveram seus discursos interrompidos por vaias de reprovação pelo posicionamento contrário. O presidente Élio Boa Sorte (PP), na tentativa de acalmar os ânimos dos manifestantes, repudiou por diversas vezes a barulheira, com palavras direcionadas aos vereadores, e apelou aos manifestantes que preservassem o trabalho da Casa Legislativa. Em dado momento, chegou a ameaçar suspender a sessão. ”Se vocês continuarem eu vou parar e só depois a gente recomeça os trabalhos. Vamos ouvir, pois cada vereador qui tem dez minutos e é um direito que cada um tem de falar, independente de que lado seja. Silêncio por favor gente”, dizia o líder do Poder Legislativo, que tentava colocar ordem na Casa.
Mas o clima na plateia só voltou a normalidade depois da entrada de um policial militar no plenário, para garantir o andamento da votação. Os vereadores de oposição, Sara Helem (DEM) e Valdir Santos (PHS) acusavam os manifestantes de serem os responsáveis pelas interrupções dos seus respectivos discursos na tribuna e os classificavam de funcionários da Prefeitura, dizendo que ali estavam servidores contratados enviados a Câmara.