Prestes a ter suas contas julgadas pela Câmara de Vereadores de Jaguaquara, o prefeito Giuliano Martinelli (PP), sem demonstrar temor, quanto ao resultado da votação do parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios – TCM nesta quarta-feira à noite, na Câmara Municipal, comentou o assunto, que ferveu nos bastidores da política jaguaquarense nos últimos dias, sobretudo pela ação da vereadora oposicionista Sara Helem (DEM) que, na Justiça, conseguiu suspender a sessão da última quarta (13), quando as contas do exercício financeiro de 2015, reprovadas pelo Tribunal, seriam apreciadas pelos vereadores. Tendo ciência de que a sua bancada possui o número de votos necessários para que o parecer do TCM seja rejeitado, o alcaide, apesar de contar com apoio de 13 dos 15 parlamentares, e da influência sobre os seus liderados, prefere não assumir o peso da decisão, transferindo para os edis o poder de decidir. ”O parecer é meramente opinativo. Quem faz o julgamento das contas são os vereadores e hoje nós temos na Câmara grande parte dos vereadores que faz parte do nosso governo e que entende as dificuldades do nosso município no que diz respeito aos gasto, seja na saúde, na educação, e em todas as áreas, mas o julgamento é da câmara, é dos vereadores”, disse Martinelli em entrevista a Rádio Povo de Jaguaquara. Giuliano parece não ter gostado nem um pouco da repercussão de notícias relacionadas ao revés que sofreu na Justiça com a ação da vereadora Sara, que obteve liminar que suspendeu a sessão anterior, convocada para votar as contas. ”Eu vejo se causando muita polêmica, dando muito ibope sobre as contas do prefeito”. O chefe do Executivo não perdeu a oportunidade de alfinetar a opositora demista, e classificou o posicionamento de Sara Helem de politicagem. ”Nós precisamos sim de oposição, pois não existe governo sem oposição. Mas eu queria interpretar, se dentro desse julgamento está sendo feita política ou politicagem. Infelizmente eu vejo um palanque político e não é o momento de politicagem. Essa vereadora, eu prestei muito a atenção no voto dela, no parecer das contas de 2014, quanto aos gastos não comprovados de despesas com publicidade. A vereadora deveria avaliar ou votar de acordo com aquilo que é pertinente a administração pública”, bradou Martinelli que, sem citar nominalmente, disse que a mãe da parlamentar teria firmado contrato de propaganda e publicidade com a Prefeitura de Jaguaquara em seu primeiro governo, para divulgação de ações da administração em um serviço de som instalado no distrito Stela Dubois, entendendo o gestor, que a vereadora não teria legitimidade para criticar gastos sem comprovação com publicidade, um dos itens apontados pelo TCM sobre as contas de 2014, reprovadas por ela na sessão do último dia (6), quando os governistas contrariaram o parecer do Tribunal por 12 votos a 2.