Mais uma semana que promete ser decisiva para os rumos da política jaguaquarense e, sobretudo, para o prefeito Giuliano Martinelli (PP), que terá de passar, mais uma vez, pelo crivo dos vereadores. Uma nova votação de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios – TCM vai agitar os corredores da Câmara Municipal. Depois de terem contrariado o parecer do Tribunal sobre as contas do prefeito referentes ao exercício de 2014, rejeitadas por extrapolação do índice de pessoal e pela não comprovação de gastos com publicidade, os vereadores aliados do alcaide, que aprovaram as contas por 12 votos a 2, irão apreciar nesta quarta-feira (13) as contas do exercício financeiro de 2015. Desta feita, o parecer prévio do Tribunal não trás itens tão simples assim. Na ocasião, o TCM apontou que os gastos com pessoal representaram 67,87% da receita corrente líquida do município, superando o máximo permitido pela LRF. A relatoria também identificou a realização de gastos excessivos com locação de veículos, no montante de R$5.582.196,71, que corresponde a 7,86% da despesa orçamentária em 2015, e aquisição de combustíveis, na quantia total de R$2.578.925,07, que representa 3,63% da despesa orçamentária. O relator do parecer, conselheiro Fernando Vita, determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual contra o gestor e determinou a restituição aos cofres municipais do montante de R$48.776,00, referente a comprovantes, notas fiscais e/ou recibos apresentados em cópia. O gestor ainda foi multado em R$20 mil e em R$61.200,00. Martinelli ingressou com pedido de reconsideração ao parecer prévio, mas o Tribunal decidiu por manter a decisão e, agora, o julgamento, que será realizado pela Câmara, é considerado político. O prefeito terá que contar com apoio de dois terços dos vereadores, contra o parecer do TCM, para não se tornar ficha suja. Vereadores governistas ouvidos pelo Blog Marcos Frahm disseram estar confiantes de que Giuliano não ficará inelegível. A previsão é de que o placar seja o mesmo da semana passada, 12 a 2, com registro de ausência de um dos edis, Roque Machado (PSL), que parece não entrar nas contas dos aliados de Martinelli. A avaliação contudo, é de que a base do prefeito na Câmara segue sólida e o gestor deve sair vitorioso de mais um julgamento no Legislativo.