O lutador brasileiro Junior Cigano dos Santos, catarinense radicado em Salvador, foi afastado da luta que faria contra o franco-camaronês Francis Ngannou no UFC 215, em 9 de setembro, por uma potencial violação à política da Agência Americana Antidoping (Usada). A amostra sob suspeita foi coletada pela agência no dia 10 de agosto, se trantando, então, de um exame fora de competição. O UFC foi informado nesta sexta (18) e, como há pouco tempo até o dia da luta para que as contraprovas sejam analisadas, preferiu tirar Cigano do card. Em comunicado enviado à imprensa pela advogada e empresária de Cigano, Ana Cláudia Guedes, a equipe do atleta negou a ingestão intencional de quaisquer substâncias proibidas. ”Nós ainda estamos tentando entender os resultados do exame, para que possamos investigar e determinar o que aconteceu. O que nós sabemos neste momento é que Junior dos Santos jamais usou drogas de melhora de performance, nunca usou intencionalmente nenhuma substância proibida, e sempre apoiou as políticas e esforços da USADA para manter o esporte limpo. Se há um lutador que fez sua posição sobre esse assunto inequívoca, é o Junior. Nós estamos confiantes que nós vamos descobrir o que aconteceu, e daremos uma explicação quando a tivermos”, diz a nota. Caso o doping seja confirmado, Cigano poderá ser suspenso por até dois anos após a instauração de processo. A substância encontrada pela Usada não foi divulgada. O brasileiro, de 33 anos e ex-campeão dos peso-pesados da organização, vem de derrota para o atual detentor do cinturão, Stipe Miocic, em 13 de maio. Ngannou demonstrou irritação ao saber da saída do seu rival do card. ”Estou muito irritado. Quase tudo pronto e eles acabaram de anunciar que meu adversário está fora do UFC 215”, escreveu no twitter. O UFC agora procura um lutador para substituir Cigano no card.