O líder das articulações do governo municipal na Câmara de Jequié, o vereador José Simões de Carvalho (PHS), disse que não pode ser base brigando com secretários, mesmo depois de ter acirrado com o pai do secretário de Infraestrutura do município um clima de ”guerra” na base do prefeito Sérgio da Gameleira (PSB), no mês passado. E para quem não se lembra, Simões foi criticado pelo empresário Waldomiro Borges Filho, o Borginho, que usou espaço na segunda-feira (12), em programa jornalístico na emissora de propriedade da família Borges, Cidade Sol FM, para falar sobre problemas da administração do prefeito Sérgio, classificando o parlamentar como empecilho da gestão pública local [relembre aqui]. No estilo Toma Lá Da Cá, o vereador rebateu as críticas e acusações sofridas, durante entrevista na Rádio 93 FM, no dia (12) de junho, quando chamou Borginho de ”figura tresloucada e folclórica no meio político de Jequié se acha no direito, por ter uma rádio, que também não foi ele que construiu, foi o irmão César Borges, de vim a sacar contra as pessoas, contra a Câmara e acima de tudo contra o vereador Zé Simões”, disse o edil à época, fazendo graves acusações contra o empresário, e ainda classificando o seu filho, Fabrício Borges, de secretário fraco. Indagado pelo Blog Marcos Frahm sobre o assunto que ferveu nos meios políticos de Jequié, Simões disse que tudo já foi resolvido. O prefeito colocou panes quentes. ”Já foi resolvido e o maior interesse nosso é o melhor para Jequié. Não podemos ser base brigando com secretário e vice-versa. O prefeito fez uma reunião e graças a Deus está tudo tranquilo. Cada um cumprindo sua obrigação, a gente legislando e os secretários trabalhando”, minimizou. Apesar da mobilização do chefe do Executivo, que entrou no circuito para apaziguar, num fato pouco comum nos anais da Câmara de Jequié, uma Moção de Repúdio emplacada pelo vereador foi aprovada pelos demais representantes do Poder Legislativo, na sessão do dia (29) de junho, contra o empresário Borginho, que teria criticado os vereadores em programa de rádio. Mas Simões, mesmo tendo apresentado a Moção, tratou de atribuir a Câmara. ”Não foi o vereador Zé Simões, foi a Câmara que se sentiu ofendida. Quem queria entrar com a moção era o pessoal da oposição, isso iria criar dificuldades para a base votar e eu não tive problema e fiz, mas o que importa é que está tudo resolvido e os secretários estão imbuídos, conscientes de que nós temos que tirar Jequié desse atraso e para que isso ocorra tem que haver união”. Ao avaliar a atual gestão pública municipal, o parlamentar citou problemas herdados das gestões anteriores. ”Pegamos uma Jequié depois de oito anos de prefeitos que deixaram a cidade a mercê da sorte. Com muito sacrifício, Sérgio está tentando nortear os nossos trabalhos e eu sei que a comunidade exige rapidez, mas a gente tem seis meses de governo com dificuldades, como o atraso dos terceirizados, do transporte escolar, do transporte alternativo e Sérgio hoje está pagando o da gestão dele e os outros atrasados. Dentro de mais uns quatro meses, nós estaremos equacionados e com facilidades para Sérgio colocar em prática o seu plano de trabalho. Até agora estamos apagando incêndio”, lamentou.