O empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, chamou o presidente da República, Michel Temer, de chefe ”da maior e mais perigosa organização criminosa” do Brasil em entrevista publicada na edição deste fim de semana da revista ”Época”. O Palácio do Planalto divulgou nota na qual diz que empresário é ”bandido notório”, ”desfia mentiras’ e informa que na próxima segunda-feira Temer ingressará com ações na Justiça contra ele. Na entrevista, o dono do frigorífico JBS, delator da Operação Lava Jato, também reafirma as denúncias que fez ao Ministério Público e à Polícia Federal contra integrantes das cúpulas de PT, PMDB e PSDB. A entrevista de Joesley Batista ocupa 12 páginas da edição impressa de ”Época”. O empresário inicia explicando como e quando os políticos começaram a agir como ”organizações criminosas”. Segundo Joesley Batista, tudo começou há cerca de 10, 15 anos, quando surgiram grupos com divisão de tarefas: um chefe, um operador e um tesoureiro. De acordo com o empresário, são organizações criminosas que existem para ganhar dinheiro cometendo crimes. Na entrevista, Joesley afirma que esses esquemas organizados começaram no governo do PT e diz que “Lula e o PT” institucionalizaram a corrupção com a criação de núcleos, divisão de tarefas entre integrantes, em estados, ministérios, fundos de pensão e bancos, entre os quais o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O resultado, para o empresário, é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. Segundo Joesley, o modelo foi reproduzido por outras legendas.