Assunto debate na imprensa, nos últimos anos, o fechamento do centro cirúrgico do Hospital Municipal de Amargosa, no Vale do Jiquiriçá, rendeu críticas ao município, na gestão passada, da então prefeita Karina Silva (PSB). Em 2013, o centro cirúrgico foi interditado após inspeção feita por técnicos da Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado, que constataram irregularidades. Na ocasião, manifestações eram realizadas nas vias públicas pela população, que pedia providências a Prefeitura em relação ao fechamento do centro cirúrgico da única unidade hospitalar da rede pública na cidade e o assunto viralizava na mídia baiana. O casou sempre permeava as discussões entre membros do grupo da prefeita e dos seus opositores, inclusive o atual gestor, Júlio Pinheiro, do PT, que nas eleições municipais de 2016 fez promessa em campanha de reabrir o centro cirúrgico, caso fosse eleito. E não deu outra. Júlio venceu o candidato apoiado pela prefeita, que desistiu da reeleição. Derrotou o ex-prefeito Rosalvo Salles, do PV, que foi cassado quando exercia o cargo do chefe do Executivo, por suspeita de corrupção e nomeado recentemente para o cargo de assessor do prefeito de Salvador, ACM Neto, do DEM. Promessa cumprida – no último dia (25/5), o novo prefeito reuniu servidores do hospital e reativou os serviços do centro cirúrgico. Além de investimentos em equipamentos e estrutura física, o prefeito ressaltou que uma equipe de profissionais qualificados foi montada para realizar, inicialmente, cirurgias de pequeno porte, como hérnia e laqueadura, por exemplo. Nesta semana, Pinheiro retornou ao hospital para mais um ato inaugural, conforme informou a Prefeitura de Amargosa. Ele anunciou a reativação do Serviço de Parto Normal (SPN), Dr. Pedro Teixeira Rocha, com sede no Hospital Municipal. O SPN passa a funcionar na Ala B do Hospital. O ambiente passou por reforma e foi adequado de acordo com os critérios de humanização do parto natural estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Rede Cegonha, segundo informações da gestão. ”Amargosa é uma cidade de médio porte, com cerca de 40 mil habitantes, e que durante quatro anos ficou sem alguns serviços fundamentais em nosso hospital. Infelizmente nós vimos os filhos de Amargosa nascerem em outros municípios, pacientes tendo que fazer suas cirurgias em cidades muito menores que a nossa. Uma das nossas principais prioridades nesses cinco meses de governo foi dar conta desses serviços do hospital, que vão garantir a realização dos partos normais, partos cesáreos e as cirurgias eletivas. A nossa idéia é que Amargosa possa voltar a ser referência na realização de partos em toda a Região do Vale do Jiquiriçá”, disse o prefeito.