Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Jequié divulgou a vinda de uma empresa de linha aérea com voos semanais, da Cidade Sol para a capital baiana, tendo revelado, inclusive, que haveria a possibilidade de ampliação dos voos para outros centros do país. O projeto, que ainda não vingou, estava sendo tocado pelo secretário de Governo, Jorge Galvão, tendo informado, na ocasião, que o avião seria um Bandeirantes, com capacidade para 17 pessoas e o valor da passagem ficaria um pouco a cima do valor de uma passagem em um ônibus leito de Jequié para Salvador. Informou ainda que a aeronave estaria operando com voos no mês de Abril, e que era necessário realizar algumas adequações no Aeroporto Vicente Grilo, reformado em 2016 pelo Governo do Estado. ”Agora vários empresários que quiserem empreender em nosso município terá a oportunidade de aterrissar no nosso aeroporto e abrir novas indústrias em Jequié”, disse o prefeito Sérgio da Gameleira à época, em nota pública divulgada pela sua assessoria. O anúncio saiu da discrição habitual e foi feito com alarde pela equipe de Gameleira, com a administração esboçando um discurso de início de uma nova fase em Jequié. o termo: ”agora vai”, foi bastante usado pelos integrantes da atual gestão. Contudo, Abril chegou, foi embora, junto com Maio e, em Junho, a população jequieense ainda aguarda a concretização do que foi amplamente propagado. Ao acompanhar o lançamento do programa Garantia-Safra, do Governo do Estado, na quarta-feira (31/5), em Salvador, o chefe do Executivo de Jequié foi abordado pela reportagem do Blog Marcos Frahm, que foi direto ao assunto, o indagando sobre a implantação ou não dos voos anunciados. Gameleira atribuiu a não concretização a problemas com uma rede de energia elétrica, em face a postes instalados num residencial na região do Aeroporto Vicente Grilo e disse que a remoção já foi solicitada junto a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia e que aguarda também um posicionamento da Agência Nacional de Aviação Civil. ”A nossa parte a gente finaliza agora. São quatro postes que estão inviabilizando e estamos já nas últimas tratativas com a Coelba e vamos propor uma audiência pública, porque não adianta só o município fazer a sua parte. Existem questões em relação ao Estado, e sobretudo com a União, com ANAC. Nós vamos propor uma audiência pública, chamar todos os interessados porque a prefeitura finaliza agora a sua parte, mas a gente quer compromisso do governo do estado e do governo federal”, justificou Gameleira, chamando os governos Estadual e Federal para uma ação tripartite. Ao que tudo indica, o agora de Sérgio, se transformará num depois.