Pela forma como tudo começou, não poderia terminar diferente. Uma recepção inesquecível aos jogadores. O gol de Edigar Junio, que saiu aos 12 minutos, foi o suficiente. Com a dose de emoção que lhe é peculiar, o Bahia mostrou por que é o maior do Nordeste, como o mosaico dizia antes da partida. Foram 15 anos de espera, mas cada minuto, certamente, valeu a pena para o torcedor, que pôde finalmente soltar o grito de tricampeão do Nordeste após o triunfo de 1×0 sobre o Sport, na Arena Fonte Nova. A primeira boa chance do jogo foi do Bahia. Allione iniciou a jogada em lance individual, a bola chegou até Edigar Junio, que protegeu e cruzou para Régis cabecear para fora. Com três zagueiros, o Sport explorava as jogadas pelos lados do campo, principalmente com Mena, pelo lado esquerdo. O grito ensurdecedor das arquibancadas, no entanto, empurrou o tricolor até o primeiro gol. O colombiano Pablo Armero avançou pela esquerda e lançou para Edigar Junio, que dominou, girou em cima de Matheus Ferraz e com um lindo toque de cobertura no goleiro Magrão, fez a Fonte Nova balançar como há muito tempo não se via. Belo gol do camisa 11 tricolor. Melhor em campo, o Bahia não diminui o ritmo mesmo com a vantagem no placar, e segurou o resultado contra o Leão da Ilha do Retiro, que teve um atleta expulso anda no primeiro tempo. Na etapa final, após minutos de agonia com as equipes se revezando em chances perdidas (o Bahia muito mais), o apito final soou como o som mais bonito que poderia haver no momento.