O ex-prefeito de Itagimirim, que deixou o cargo este ano, três ex-secretários e o Secretário de Educação da cidade são investigados por roubo de bens e documentos da prefeitura, que fica no sul do estado. Nesta quarta-feira (17), eles foram levados à Delegacia pela Polícia Civil de Eunápolis para prestar depoimento. Entre os bens roubados está até a cadeira que era usada pelo prefeito. Segundo o G1, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foram alvos das conduções coercitivas: o ex-gestor da cidade, Rogério Andrade de Oliveira; os ex-secretários municipais Sérgio Murilo Cerqueira, Rilson Neris Miranda e Wesley José Gonçalves, e o Secretário de Educação, Rafael Cesar do Amaral. Além da cadeira, foram levadas peças de veículos automotores e tratores, mobiliários da sala de recepção do gabinete, quadros, ar-condicionados, computadores, scaner, impressoras e, dentre outros objetos. De acordo com o advogado de Rafael Cesar, Antônio Pitanga, o cliente dele foi secretário de Educação a partir de abril de 2016, ainda na gestão de Rogério Andrade, que deixou a prefeitura após perder a disputa para Devanir Brillantino, atual prefeita de Itagimirim. Apesar da mudança, Rafael foi convidado a permanecer no cargo e tomou posse em fevereiro deste ano. O secretério foi liberado da Delegacia de Eunápolis na tarde desta quarta-feira, após prestar depoimento. Ele nega que tenha roubado qualquer documento ou bens da prefeitura e informou que vai entregar um relatório para a polícia que possa ajudar nas investigações. ”A prefeitura atual fez um relatório de patrimônio e documental onde foi observada a falta de documentos. O secretário enviou esse relatório técnico ao MP [Ministério Público]”, explicou Pitanga. O promotor de Justiça, Helber Luiz Batista, da Comarca de Itagimirim, confirmou que o relatório de todas as secretarias foi encaminhado ao órgão, mas as pessoas que foram conduzidas até a delegacia foram apontadas por testemunhas como autoras do delito.”Toda a gestão atual relatou os documentos suprimidos e móveis que não estavam nas áreas municipais. No entanto, o pedido de busca e apreensão teve como fundamento o que estava nos autos, onde existem depoimentos de testemunhas que apontam como esses bens foram subtraídos. Então, todos os apontados precisaram ser ouvidos”, relatou Batista.