Parada desde 2003, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que estabelece a simultaneidade nas eleições para todos os cargos majoritários e a duração de cinco anos dos mandatos para presidente da República, voltou à tona. Na tarde desta quinta-feira (4), o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criou uma comissão especial de análise da matéria. O rebuliço em torno da PEC é que, caso seja aprovada, ela pode permitir a anulação da eleição de 2018 e adiá-la para 2020, quando haverá eleição pleito para as prefeituras e câmaras municipais – o que faria com que o presidente Michel Temer (PMDB) permanecesse no poder dois anos a mais do que o previsto. O relator da comissão sobre a reforma política na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP), nega que esta seja a intenção. Segundo ele, trata-se, na verdade, de uma tentativa de acelerar a tramitação da reforma política e que o texto original da PEC não será mantido.