Os guichês de todas as empresas de transporte no terminal rodoviário de Salvador estão vazios. Além disso, por conta do protesto nacional contra as reformas da previdência e trabalhista, nenhum ônibus está saindo nem chegando na estação. O bancário Antônio Freitas Novais, de 55 anos, mora em Jequié e está em Salvador tentando chegar na sua cidade desde às 6h30. Mas, só conseguirá chegar na sua cidade no sábado (29) já que não há ônibus nenhum. ”Sou a favor da greve porque também sou trabalhador e tenho consciência de que isso vai tirar alguns dos meus direitos. O povo tem que ir para as ruas. Está me causando transtorno, mas vou ficar aqui o tempo que for preciso”. Já a doméstica Maria Betania de Souza, 49, está na rodoviária desde a noite de quinta-feira (27) e quer chegar em Maceió, capital de Alagoas. ”Não tem ônibus. Estou aqui tentando também arrumar dinheiro”. Com o filho de nove meses no colo, a dona de casa Rosângela Jesus dos Santos, 30 anos, tentava embarcar para Ubaitaba. Embora tivesse as passagens em mãos, ela foi informada pela empresa Águia Branca de que, após bloqueio das rodovias, seria inviável liberar os ônibus. ”Complicado, hoje já gastei R$14,60 de metrô para chegar aqui. Queria muito passar essa semana com minha família, pois não tenho parentes em Salvador, mas vou ter que remarcar para terça-feira”, relatou ela, que mora na capital baiana há oito anos. Segundo a dona de casa, as passagens poderão ser remarcada sem acréscimo de taxas. Segundo o coordenador de fiscalização da Agerba, Ab-dul Ramid Novaes, algumas empresas não pretendem colocar ônibus na rua por temer depredações nos veículos. As informações são do Correio