O promotor de Justiça Fabrício Patury, coordenador do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (NUCCIBER) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), escreveu um artigo onde elenca algumas recomendações à sociedade e à imprensa sobre os recentes casos do jogo conhecido como Baleia Azul. Segundo o especialista em crimes cibernéticos, estes casos envolvendo suicídio não são tão recentes como aparentam. ”A Safernet da Bulgária, por exemplo, apontou como origem dos rumores uma matéria falsa (fake news) publicada na Rússia em 15 de março de 2016, e que afirmava que 130 adolescentes russos já haviam se matado depois de participar do suposto ”jogo” através de uma rede social russa”, lembra. ”Muito antes da internet comercial existir, o jornal The New York Times publicou, 1987, uma matéria sobre como o efeito contágio (ou efeito Werther – que é o termo científico pelo qual a publicidade de um caso emblemático de suicídio serve de estímulo a novas ocorrências), gerou novos casos de suicídio entre adolescentes e jovens nos EUA”, aponta o promotor de Justiça. Patury, em seu artigo, chama a atenção para o manual de prevenção ao suicídio lançado em 2000 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).