Representantes da APLB/Sindicato de Jaguaquara compareceram a Câmara Municipal local, em sessão ordinária na noite desta quarta-feira (22) para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição sugerida pelo Executivo e protocolada na Câmara Federal como PEC 287, a chamada Reforma da Previdência. A presidente da APLB, Wilma Martins, usou a tribuna da Casa Legislativa tecendo comentários sobre a proposta e protocolou Moção de Repúdio contra o Governo Temer, por conta da polêmica proposta com sugestões de mudanças nas regras previdenciárias, entre as quais idade mínima de 65 anos para aposentadoria. ”Nós queremos um país melhor e é isso que nós estamos fazendo na nossa labuta diária. Estivemos nas ruas dizendo isso para a sociedade, chamando a sociedade para estar junto conosco, porque este é um problema de todos nós”. A líder sindicalista, que classificou de absurda a proposta, e chamou o Governo Temer de ”ilegítimo”, criticou o estabelecimento de idade mínima de 65 anos para os contribuintes reivindicarem aposentadorias, dizendo que existem ”manobras” e que a retirada dos servidores municipais e estaduais do projeto aparenta ser um recuo do governo, ”mas que na verdade é para enfraquecer o nosso movimento”. Ela pediu aos edis que levassem ao conhecimento dos deputados aliados a Moção de Repúdio protocolada na Câmara de Jaguaquara, com apoio unânime dos parlamentares. Wilma Martins, acompanhada de trabalhadores da Educação, esteve na Câmara horas depois de ter liderado manifestação nas ruas da cidade contra a Reforma da Previdência Social. O presidente do Legislativo jaguaquarense, Élio Boa Sorte Fernandes (PP), elogiou a postura de Wilma Martins em levar a Casa a Moção e alfinetou deputado baiano Arthur Oliveira Maia (PPS), de quem diz ser conterrâneo de Guanambi/BA. Relator da Reforma, Maia foi criticado pelo vereador: ”Um deputado filho da mesma cidade onde nasci, Guanambi, pois conheço sua trajetória e nunca vi esse deputado apresentar nada que pudesse beneficiar o trabalhador. Ele foi votado aqui, em Jaguaquara, mas nunca trouxe para o município uma pedra sequer. Essa reforma sacrifica o trabalhador, o pequeno e, vocês, da APLB, estão de parabéns pelas manifestações”.