A média dos estudantes que fizeram o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2015 não ultrapassou, em nenhum curso, 60 de um total de 100 pontos. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os estudantes que concluíram o ensino superior tiveram uma média de acertos que variou de 52,8 a 57,9 nas questões de formação geral e 41,3 a 44,9 nas questões específicas. Para Mariangela Abrão, coordenadora-geral substituta de Controle da Qualidade da Educação Superior o desempenho pode ser reflexo da dificuldade das provas, principalmente das específicas. “O aluno brasileiro não está muito acostumado a fazer provas em que a forma de avaliar não seja uma pergunta direta que requeira um raciocínio raso, uma alternativa. As provas do Enade tem sido muito bem pensadas.” A prova é composta de dez questões de formação geral, sendo duas discursivas e oito de múltipla escolha, aplicada aos estudantes de todos os cursos avaliados; e, uma prova específica, com 30 questões, sendo três discursivas. Nas questões gerais, a maior nota foi do curso de administração pública (57,9) e, nas específicas, a do curso de tecnologia em gestão da qualidade (44,9). Os concluintes de cursos concorridos como administração e direito tiveram as médias respectivas 42,6 e 41,8 nas provas específicas e 54,2 e 53,8 nas gerais. A partir das médias dos desempenhos no Enade, o Inep calcula o chamado conceito Enade, atribuído aos cursos avaliados. O conceito vai de 1 a 5, sendo 1 e 2 considerados insuficientes. Em 2015, quase um terço, 30,3%, de todos os cursos avaliados tiveram conceito insuficiente. Outros 42,7% obtiveram conceito 3, 18,8%, 4 e 5%, 5. Os demais 3,2% não tiveram o conceito calculado devido a mudança de metodologia ou problemas na aplicação do exame. Leia na íntegra