É como se ouvisse contra si próprio o que disse para suas vítimas. Depois da fama meteórica por cantar o seu hit no fundo de um camburão da polícia, ao vivo, em um programa da Record, Ítalo Gonçalves da Conceição, 19 anos, quase viu a casa cair pela segunda vez. A Justiça iria lhe roubar a chance de realizar um sonho: cantar em cima de um trio elétrico no Carnaval. Ítalo, agora conhecido como MC Beijinho, corria sérios riscos de assistir do sofá o sucesso de sua música. Preso em flagrante por roubar dois celulares ameaçando três pessoas com uma faca, foi levado para uma audiência de custódia. O autor de Me Libera Nêga pôde até voltar para casa, mas cheio de restrições. O documento assinado pelo primeiro juiz mostra que foi concedida liberdade provisória a Ítalo mediante o cumprimento de seis medidas cautelares. Pelo que determinou o magistrado, além de obrigado a se apresentar à justiça mensalmente e fazer tratamento contra as drogas, Ítalo estava impedido de frequentar festas e até de sair de casa depois das 20h. ”Eu tava cumprindo medidas de casa. Mas isso já caiu. Já quebrou! O meu advogado já derrubou. Tá tudo liberado. O juiz me liberou!”, comemorava Ítalo na segunda-feira, já ensaiando na produtora Macaco Gordo, cujos sócios são seus empresários. Leia na íntegra