A epidemia de zika levou 56% das brasileiras a evitarem uma gravidez, de acordo com estudo desenvolvido na Universidade de Brasília. Foi realizada uma pesquisa nacional, em junho deste ano, com entrevistas realizadas pessoalmente para coletar dados sobre saúde reprodutiva e gravidez, além de uma urna na qual as mulheres informavam suas experiências de aborto. Do total de 2.002 mulheres urbanas, alfabetizadas e com idade de 18 a 39 anos, apenas 27% afirmaram não ter tentado evitar uma gestação devido ao vírus. Segundo o site UOL, outras 16% disseram não estar planejando uma gravidez independentemente do vírus. Mulheres que vivem no norte do país foram as que mais tentaram evitar gravidez (66%), em comparação àquelas que residem mais ao sul (46%). Não foi observada nenhuma diferença com relação à religião. “O governo brasileiro precisa colocar a preocupação com a saúde reprodutiva no centro de sua reação (a zika), inclusive revendo sua criminalização contínua do aborto”, afirmou a líder do estudo, Débora Diniz.