A ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida teve a prisão preventiva revogada nesta terça-feira (20/12) pela 2ª Vara de Rio Bonito (RJ). Ela foi condenada a 20 anos de prisão por mandar matar o marido Renné Senna, 54, ganhador da Mega-Sena. O juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, o mesmo que proferiu a sentença de Adriana na última quinta (15), atendeu ao pedido do advogado de defesa para que ela possa recorrer da condenação em liberdade. Segundo o juiz, a prisão preventiva tinha sido decretada porque ela não foi localizada em mais de um endereço durante as tentativas de intimação para o julgamento. A defesa apresentou novos documentos que indicariam que ela tem endereço certo e que não há risco de fuga. ”Não se verificou, naquele momento ou agora, qualquer outro fundamento que permitisse a decretação da prisão preventiva da ré”, falou o juiz. Com a decisão, Adriana deverá usar tornozeleiras eletrônicas e não poderá ter contato com as testemunhas e familiares da vítima. Ela também não poderá deixar a cidade que mora sem prévia autorização judicial e deverá se recolher à noite. Senna foi morto em janeiro 2007, dois anos após ganhar o prêmio de R$ 52 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime. Deficiente físico –Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes– o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito. Adriana era apontada como a mandante do assassinato. O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009. Eles cumprem pena de 18 anos de prisão pelo crime. A outra ré no processo, amiga de Adriana, foi absolvida.