O prefeito reeleito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), ao ser diplomado nesta quarta-feira (7/12) para o segundo mandato revelou, em entrevista exclusiva ao Blog Marcos Frahm, que prepara uma série de cortes em gastos do município para 2017, como redução nos valores dos contratos e no número de cargos comissionados, além da desocupação de parte dos imóveis alugados. ”A experiência adquirida ao longo dos quatro anos nos credencia a não errar. Eu acho que aprendemos com os erros, consertamos e graças a Deus hoje temos a certeza de que para o próximo mandato será uma administração voltada realmente para a administração. Estive ontem num encontro de prefeitos promovido pela UPB e, uma frase, que é marcante para os prefeitos que estão entrando agora, neste momento de crise: ‘dizer não quando preciso, e sim quando possível’. Eu acho que agora na administração pública não cabe mais brincar de fazer gestão e muito menos de fazer política. Aqueles gestores que estão entrando com um perfil de administrador terá êxito em seu mandato, e aqueles que, por ventura, achar que é a política do tapinha nas costas, da empregabilidade e de muitos contratos, infelizmente não vão conseguir um final bom como muitos prefeitos que estão finalizando seus mandatos numa situação muito crítica”, sugeriu Giuliano, único prefeito reeleito no pleito de 2016 no Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá.
Martinelli, apesar de chamar a atenção dos novos gestores para ajustes financeiros, teve suas contas de 2015 rejeitadas na semana passada pelo Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, cujo motivo principal da rejeição foi o descumprimento do índice de 54% para despesas com pessoal estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, o que também motivou a corte, anteriormente, a opinar pela reprovação das suas contas referentes ao exercício de 2014. Mas o gestor, ao justificar a rejeição por parte do TCM, disse que: ”qualquer prefeito que se predispor a sair candidato pelo município de Jaguaquara terá suas contas automaticamente reprovadas pelo índice de pessoal. O Tribunal estipula um índice prudencial de 54%, só o efetivo da prefeitura de Jaguaquara, volto a repetir, só o efetivo da prefeitura já possui 61% do índice de pessoal e a partir do momento que você faz a contratação e faz a terceirização, isso extrapola o seu índice como foi o caso de Jaguaquara, chegando a 73%, onde isso justifica o suicídio administrativo. Você só trabalha para pagar a folha”, explicou Giuliano, dizendo reconhecer que o garante a reeleição de um prefeito são obras e serviços, mas concluiu o assunto das contas afirmando que,”a prefeitura jamais vai funcionar sem os contratados”, alegando que o número de servidores efetivos é insuficiente para atender a demanda e que sem os contratados os serviços prestados perdem a qualidade. Segundo o chefe do Executivo jaguaquarense, o número de contratados em 2017 será reduzido, em comparação com 2016. Ouça abaixo o áudio da entrevista com o prefeito