O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), classificou nesta quarta-feira (7/12) como um ”absurdo” a possibilidade de ele renunciar ao posto e consequentemente ao comando da Casa, caso o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decida pelo afastamento do presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL). ”Nunca cogitei renunciar à vice ou se for o caso à presidência. Isso é um absurdo, nunca pensei nisso. Hoje é dia de se ter calma”, afirmou Viana ao Estado. Segundo ele, o boato de que poderia deixar o cargo teria surgido após conversas com integrantes da bancada do PMDB. ”Conversei e daí já colocam na manchete que tiveram a impressão de que iria renunciar. Nunca pensei nisso”, afirmou o petista. Em eventual renúncia de Viana, quem assumiria a presidência do Senado seria o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), segundo vice-presidente. Em reunião realizada na terça-feira, 6, com integrantes da bancada do PT do Senado e da Câmara, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, ressaltou que o partido não iria abrir mão de comandar o Senado caso o STF confirme o afastamento de Renan em sessão prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira. O posicionamento de Falcão ocorreu após circular a informação de que Viana teria cogitado, em conversas com Renan e outros integrantes da bancada do PMDB, convocar novas eleições para o comando da Casa. Tal possibilidade não está prevista no regimento interno da Casa, segundo integrantes da Mesa Diretora.