Autora do impeachment, Janaína critica Temer sobre Geddel; ”Passando a mão na cabeça”

Janaina Paschoal pediu impeachment de Dilma. Foto: Pedro França
Janaína pediu impeachment de Dilma. Foto: Pedro França

A advogada e professora da USP Janaína Paschoal afirmou nesta terça-feira (22/11), no Twitter, que para conduzir o Brasil, ”um verdadeiro líder precisa ter a sensibilidade de notar que o País mudou”. Sem citar o nome do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira de Lima, a advogada criticou a condução da denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero sobre a pressão do homem forte do presidente Michel Temer (PMDB) para liberar a construção de um prédio em que o baiano tem uma unidade. Janaína Paschoal é uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT). A advogada escreveu a primeira mensagem sobre o caso às 6h55 e citou a antecessora de Michel Temer, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). ”Sei que o presidente Michel Temer já manifestou que não pretende afastar pessoas com base, apenas, em alegações. Dilma também dizia isso.” Ela prosseguiu às 6h58. ”Não adianta o governante se apegar ao princípio da presunção da inocência. Esse princípio vale para o processo penal, não para gestão pública.” ”Por mais que um presidente da República goste e confie em determinadas pessoas, ele tem o dever de tomar providências diante de denúncias.” Janaína Paschoal citou novamente a ex-presidente Dilma Rousseff. ”Os sinais indicam que o presidente pretende trilhar o caminho de sua antecessora, passando a mão na cabeça de quem precisa ser afastado.” Na mensagem seguinte, a advogada escreveu. ”O primeiro crime de responsabilidade atribuído à Dilma foi de não afastar os envolvidos no escândalo do Petrolão, nunca vou cansar de lembrar.” A advogada ainda afirmou. ”Para conduzir o Brasil, um verdadeiro líder precisa ter a sensibilidade de notar que o País mudou.” O Ministério Público Federal defende suspensão das obras de luxo em Salvador onde Geddel é dono de apartamento. Em parecer à Justiça, a Procuradoria da República requereu interrupção do empreendimento La Vue Ladeira da Barra que motivou queda do ex-ministro da Cultura sob alegação de ter sido ‘pressionado’ pelo ministro da Secretaria de Governo. Os apartamentos de alto padrão, com quatro suítes e área de 295 metros quadrados, custam entre R$ 2,6 milhões e R$ 4,5 milhões. Com informações do Estadão